Nos próximos dias, um laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) deve revelar o que se esconde por trás da morte da ajudante de cozinha Heydiara Lemos Ribeiro, de 61 anos, que caiu de uma montanha-russa no Parque Terra Encantada, na Barra da Tijuca. A má conservação e a falta de manutenção dos brinquedos, um erro de projeto e a negligência de diretores do parque contribuíram para o acidente, no último dia 19.
— O que aconteceu foi um desleixo com a vida humana — afirmou o delegado Rafael Willis, da 16 DP (Barra), que investiga o caso.
Depois de ouvir os principais envolvidos na história — o diretor operacional do parque, Marcus Vinicius Gomes dos Santos, o engenheiro Arlen Sandeuscristo Simplício, a operadora de máquinas Amanda da Silva de Lima Santos e a filha da vítima, Iguaciara Lemos Ribeiro —, o delegado decidiu indiciar por homicídio culposo o diretor e o engenheiro.
Má preparação
Apesar de estar operando o brinquedo quando aconteceu o acidente, Amanda ficou isenta de culpa. Segundo o delegado, ela não pode ser responsabilizada em função de ter sido muito mal orientada e preparada para a função.
— A menina estava lá há menos de um mês. Nunca tinha trabalhado naquela função e fez apenas um curso de uma semana para aprender a mexer em quatro importantes brinquedos do parque — explicou o delegado.
Os depoimentos dos principais envolvidos mostram a contradição de alguns fatos.
Trinta dias de curso
O diretor operacional afirmou que o prazo mínimo de treinamento é de trinta dias por brinquedo, isso dependendo da complexidade de operação de cada atração. Amanda desmente a declaração quando diz que está no parque a menos de um mês.
— Parece que a trava do carrinho não foi colocada de maneira correta. Ainda mais que, pela compleição física, a vítima nunca poderia ter caído com a trava correta — afirmou o delegado.
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